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Comemorações do Centenário do 5 de Outubro em Guimarães | Escola Secundária Francisco de Holanda

quarta-feira, 31 de março de 2010

Guimarães em 1914


A antiga igreja paroquial de S. Paio, vista a partir do Toural
 
27-2: Decreto concedendo à Câmara de Guimarães o edifício da igreja paroquial de S. Paio de Guimarães.

1-3: Saiu o 1º número do "Echos de Guimarães", semanário monárquico, sob a direcção do Dr. João Rocha dos Santos. Por causa de alguns artigos bravos contra a república, o governador civil do distrito proibiu ou suspendeu a publicação deste jornal, que terminou com o nº 104, dois anos completos, em 12 de Março de 1916.Reapareceu com o título "Voz de Guimarães" em 30 de Março e 6 de Abril de 1916, 2 números, continuando desde o nº 3, em 16 de Abril de 1916 a publicar-se com o 1º título.

17-3: Na noite de hoje para o dia 18 mutilaram a imagem do Senhor do Amparo que se venera em Oratório no terreiro do Cano e deceparam-lhe a cabeça. Os sacrilégios deixam lá um papel com os dizeres: … infâmia? – Não; a vingança é nobre quanto justa. Querem guerra? – Teremos Guerra.

5-4: Publicou-se hoje o nº 1 do semanário independente "Castelo de Guimarães". Director o prior Luís José Dinis. Administrador José Joaquim Vieira de Castro e editor Luís Ribeiro de Faria. Impresso em Braga.

8-4: Grande reunião, promovida pela Associação Comercial que se constituiu na sala das suas sessões em assembleia geral conjunta com numerosos habitantes de todas as classes sociais da cidade e concelho, a fim de protestar contra o projectado desmembramento do nosso concelho, tirando-lhe bastantes freguesias para formar novo concelho em Vizela. Em virtude de o salão ser pequeno para conter enorme massa, depois de lida a acta da sessão anterior, por proposta do presidente, todos se dirigiram para o teatro de D. Afonso Henriques e aí se explanaram os trabalhos, ficando resolvido: - Que a Associação Comercial, de comum acordo com a Câmara Municipal e com todas as colectividades interessadas, empregue todos os seus esforços para obstar à desanexação de qualquer parte deste concelho e procure fraternalmente harmonizar quaisquer dissidências.

8-4: Às 2 horas da tarde o comércio fechou as suas portas e o teatro D. Afonso Henriques encheu-se de povo de todas as classes sociais para o comício. Discursaram o presidente da Associação Comercial, Eduardo Manuel de Almeida, dr. Moreira Sampaio, presidente da Câmara Municipal e o redactor do jornal "Alvorada". Apurou-se que as freguesias que queriam fazer parte de um concelho de Vizela estavam pagando 35 por cento e se fossem pagariam 70 por cento. Foi aprovada uma moção. Recebeu-se com aplausos 1 telegrama favorável. À noite, em regozijo, houve marcha aux flambeaux, levando os estandartes das corporações civis.

15-4: Às 6 horas da manhã, depois de finda a missa das almas, foi o Santíssimo. da igreja de S. Paio (que ia demolir-se) conduzido para a igreja de S. Domingos, acompanhado de muito povo, e ai ficou instalada a paróquia de S. Paio.

20-4: Reunião muito concorrida na Câmara Municipal, em que a comissão que tinha ido a Lisboa para impedir a projectada criação do concelho de Vizela expor seus trabalhos.

26-4: Na igreja de S. Francisco houve um acto de desagravo a Jesus, constando de comunhão das 6 às 9 horas, exposição ao Santíssimo. e à tarde alocução, por um sacrilégio feito em 17 para 18 de Março ao Senhor do amparo que se venera em oratório no terreiro do Cano, pedindo perdão a Deus para os autores do mesmo sacrilégio.

30-4: Morreu o Manuel Grenha, surrador, levou música dos Guises, o padre de S. Miguel de Creixomil (era o reitor António Joaquim Ramalho) não o acompanhou (para o cemitério?) em desforra de isso os operários da Rua de Couros na vinda do cemitério foram-lhe quebrar alguns vidros da casa onde morava. (Este facto deve ser a 1 ou 2-V) - Notícia do José da Viela.

28-5: Saiu o 1º número do jornal "O Malho", semanário crítico e humorístico. Director e editor José Ferreira.

1-6: Às 11 horas da noite terminou a greve dos operários fabricantes de calçado, na associação de classe, ao cabo de um acordo entre industriais e operários, quase 600 operários alcançaram aumento mas não queriam.

21-6: Veio processionalmente à igreja da Costa Nª Sª da Lapinha.

26-7: Houve romaria na Costa e andores.

2-8: Houve festas gualterianas e marcha.

13-9: Em sua reunião, a direcção da Associação Fúnebre Familiar Vimaranense entende que “de forma alguma convém a esta instituição estar junta com as Associações de Classe porque quase sempre, dentro delas, os seus membros fazem política, o que prejudica as associações desta natureza, aonde se encontram sócios de todas as classes.

2-10: Principiou a carreira de automóvel para Braga.

1-11: Domingo às 9 horas e meia da noite José Joaquim Gomes da Silva Couto, director do jornal "Castelo de Guimarães" passava nas imediações do Hotel Avenida, em cujos baixos costumam geralmente reunir-se uns indivíduos conhecidos como defensores da republica, quando dum grupo deles saíram palavras obscenas e gritos de mate-se! Mate-se! O couto sem ligar importância à provocação que lhe faziam, seguiu caminho quando, de repente, assaltando-o e agarrando-o cobardemente o agrediram, fazendo-o rolar pelo chão! O Couto apresentou queixa em juízo.

FARIA, João Lopes, Ephemérides , manuscrito, Sociedade Martins Sarmento

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