1913: Instabilidade política
As tensões políticas aumentam: por meio de um ofício secreto, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Edward Grey, informa o seu embaixador em Portugal, Arthur Hardinge, de que o governo da Grã-Bretanha «opor-se-ia à intervenção de qualquer outra potência excepto a Espanha» nos assuntos portugueses; os monárquicos tentam, por duas vezes, neste ano, o derrube da república.
O governo Afonso Costa retira o direito de voto aos chefes de família analfabetos. O sufrágio universal deixa de existir em Portugal ao contrário de países como a Alemanha, Itália, Áustria, Montenegro, Suécia e Suíça. O número de eleitores é igual ao existente no tempo da monarquia.
O orçamento foi equilibrado, mas os democráticos perderam apoios junto da pequena e média burguesia urbana e sobretudo no muito activo movimento operário.
O embaixador alemão, príncipe Lichnowsky, e o secretário do Foreign Office, Edward Grey, concluem as negociações de revisão do acordo anglo-alemão de 1898, cuja versão definitiva será rubricada a 20 de Outubro. Através destas negociações, ambas as potências admitem que grande parte de Angola e Cabinda, S. Tomé e Príncipe e Niassa, no norte de Moçambique, passarão para a esfera de influência económica alemã. Este acordo não seria publicado e o eclodir da I Grande Guerra inviabilizará a sua ratificação.
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