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Comemorações do Centenário do 5 de Outubro em Guimarães | Escola Secundária Francisco de Holanda

domingo, 28 de março de 2010

1913: Instabilidade política

Em Janeiro de 1913, Manuel de Arriaga viu-se obrigado a chamar Afonso Costa para constituir um governo maioritariamente democrático, embora contasse com o apoio dos unionistas. Resiste a diversas tentativas de derrube, ao mesmo tempo que manda encerrar a Casa Sindical. Uma dessas tentativas foi perpetrada, por republicanos contra o primeiro governo republicano de Afonso Costa, pouco meses depois da tomada de posse. Os conflitos com a Igreja aumentam, continua a perseguição anti-clerical, com a proibição dos bispos de Coimbra e Viseu residirem nos distritos das suas dioceses, e o governo corta as relações com o Vaticano e fecha a embaixada de Portugal junto da Santa Sé.

As tensões políticas aumentam: por meio de um ofício secreto, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Edward Grey, informa o seu embaixador em Portugal, Arthur Hardinge, de que o governo da Grã-Bretanha «opor-se-ia à intervenção de qualquer outra potência excepto a Espanha» nos assuntos portugueses; os monárquicos tentam, por duas vezes, neste ano, o derrube da república.

O governo Afonso Costa retira o direito de voto aos chefes de família analfabetos. O sufrágio universal deixa de existir em Portugal ao contrário de países como a Alemanha, Itália, Áustria, Montenegro, Suécia e Suíça. O número de eleitores é igual ao existente no tempo da monarquia.

O orçamento foi equilibrado, mas os democráticos perderam apoios junto da pequena e média burguesia urbana e sobretudo no muito activo movimento operário.

O embaixador alemão, príncipe Lichnowsky, e o secretário do Foreign Office, Edward Grey, concluem as negociações de revisão do acordo anglo-alemão de 1898, cuja versão definitiva será rubricada a 20 de Outubro. Através destas negociações, ambas as potências admitem que grande parte de Angola e Cabinda, S. Tomé e Príncipe e Niassa, no norte de Moçambique, passarão para a esfera de influência económica alemã. Este acordo não seria publicado e o eclodir da I Grande Guerra inviabilizará a sua ratificação.

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