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Comemorações do Centenário do 5 de Outubro em Guimarães | Escola Secundária Francisco de Holanda

sexta-feira, 19 de março de 2010

1911 - Reformas e agitação política

Das eleições gerais realizadas em Maio de 1911 saíra o I Governo Constitucional e a Assembleia Nacional Constituinte. Composto predominantemente pela média burguesia, o parlamento tinha como tarefa principal a elaboração da Constituição da República.
Desde o início que no I Governo constitucional (presidido por João Chagas) se reflectiam as divisões do Partido Republicano Português, essencialmente uma frente comum de combate à Monarquia. Primeiro verificou-se a fractura entre o partido e o Governo e, mais tarde, dentro do próprio Executivo as rivalidades estalaram opondo Afonso Costa, o ministro mais radical, a Bernardino Machado e António José de Almeida, mais moderados. Posteriormente estas divisões deram origem a partidos políticos: União Republicana (Brito Camacho), Partido Democrático (Afonso Costa); e Partido Evolucionista (António José de Almeida). A eleição presidencial foi o momento em que se tornaram mais evidentes as cisões da família republicana. Foi eleito Manuel de Arriaga apoiado por António José de Almeida e Brito Camacho, contra Bernardino Machado, candidato de Afonso Costa. Para evitar clivagens o novo Presidente da República defendeu um Executivo de unidade, com gabinetes então denominados de concentração compostos por almeidistas e camachistas. Neste Portugal de seis milhões de habitantes, com uma taxa de analfabetismo de 75%, a República recém-instaurada, de evidente pendor jacobino e anti-clerical, publica os seus principais esteios legais, designadamente a Lei de Separação do Estado Igrejas e a Constituição. Ao mesmo tempo, cria as Universidades de Lisboa e do Porto e reforma o Ensino Primário. De Espanha, as primeiras incursões monárquicas, que o novo poder consegue jugular com relativa facilidade. Do interior, a crescente afirmação reivindicativa dos operários e trabalhadores agrícolas – reprimida pelos sucessivos governos. Enquanto isso, a situação económico-financeira do País ia-se agravando e a agitação social crescia.

MENDES, João Fragoso, (2005), Memória do Escudo, Prosafeita (adaptado)

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